Em uma de suas definições, a espuma refere-se à formação de muitas bolhas de um gás na superfície de um líquido quando este é agitado, movimentado, fermentado ou fervido. Quando grandes volumes de espuma branca são formados, é natural compararmos sua aparência com as nuvens. Esse artifício já foi utilizado em uma instalação artística e até com finalidades comerciais.
Exposição “Espuma”
Kohei Nawa, um dos mais reconhecidos jovens artistas do Japão, apresenta um profundo interesse em suas obras com uma visão microscópica de como o mundo se organiza (ou se desorganiza), além do limite de nossa percepção. Seu projeto Espuma, exposto em 2017 na Japan House, apresenta bem esse conceito. As bolhas, formadas em uma mistura de detergente, glicerina e água, vão se acumulando para formar uma estrutura autônoma. Cada bolha apresenta um ciclo de formação e destruição, que pode parecer independente dos outros mas que estão interligados.
A exposição é constituída por dutos de ar que promovem a formação de nuvens de bolhas em constante transformação, onde as pessoas podem caminhar lado a lado com elas. Elas vão tomando os espaços livremente, crescendo sem controle. Assim como as nuvens da natureza, elas nascem, sofrem mutações e desaparecem. Essa paisagem mutante e onírica acabam por trazer uma reflexão interior ao próprio visitante, deslocado dos problemas do mundo mas voltando-se a uma análise de seus próprios pensamentos.
Sobre a exposição, o curador Marcello Dantas ainda compara o caminhar pelo espaço da exposição como “uma experiência similar a caminhar sobre nuvens, mas nuvens de matéria orgânica, como as estruturas de nosso interior”. Esse ambiente de ficção científica tem desafios para sua construção e manutenção solucionados através da simulação de técnicas industriais, químicas e tecnológicas.
Nuvens com formatos específicos
Existe uma máquina que permite gerar bolhas de gás hélio e nitrogênio em uma mistura aquosa com sabão que, ao passar em uma forma e ser recortada em sua base, geram uma nuvem de bolhas com esse formato que flutua e segue subindo pelo céu como um balão. Os chamados “bubloons” são uma mistura entre bolhas (“bubbles”) e balões (“balloons”).
O empreendimento é tocado pela empresa SmileCloudsUSA. A máquina pode ser comprada ou alugada para eventos. Os “bubloons” são mais amigáveis ao meio ambiente do que balões tradicionais, além de permitirem uma infimidade de formatos apenas alterando o recorte da placa de formatos. Outra empresa que trabalha no segmento é a Cloudvertise, que oferece logotipos voadoras para expor massivamente sua marca ao público.
Fontes