O Museu do Ar e do Espaço é um dos 19 museus do Instituto Smithsoniano e fica em Washington, D.C., Estados Unidos (não deixe de ver o post sobre a capital do país clicando no link). Inaugurado em 1976, ele mantém a maior coleção de aeronaves e naves espaciais de todo o mundo, sendo que quase todos as espaçonaves e aeronaves em exposição são originais. Em 2016, o museu recebeu aproximadamente 7,5 milhões de visitantes, tornando-se o terceiro museu mais visitado do mundo e o museu mais visitado nos Estados Unidos.
O Observatório Público Phoebe Waterman Haas tem um telescópio principal usado durante a noite, bem como um telescópio Sun Gun e outros telescópios para observar o sol. Ele está localizado no terraço leste e fica aberto ao público de quarta a domingo, do meio dia às três da tarde (se o tempo estiver aberto), e uma noite por mês.
Primeiro andar (térreo)
Logo na entrada principal (sala Boeing Milestones of flight hall, de frente para o National Mall), o visitante é recebido por parte do acervo aeroespacial: Viking Lander (veículo de solo que pousou em Marte), Mercury Friendship 7 (responsável por colocar o primeiro astronauta Norte americano em órbita da Terra), Gemini IV (módulo da primeira caminhada espacial de um astronauta norte-americano em órbita da Terra) e o módulo lunar Apollo (que participou do primeiro pouso de seres humanos na Lua), ao lado de um fragmento de rocha lunar, disponível para ser tocado pelos visitantes.
Como a loja do museu fica à direita, imagino que o trajeto mais indicado seja seguindo à esquerda, visitando o primeiro andar em sentido horário, partindo depois para o segundo andar. Logo à esquerda, está o cinema IMAX. Cada parágrafo conta sobre o acervo de uma sala, com o nome em negrito.
Em seguida, uma sala com a temática da corrida espacial, Space race. Nela estão os módulos de teste do projeto Apollo-Soyuz: uma missão conjunta do Projeto Apollo e do programa espacial soviético que efetuou uma acoplagem em órbita da Terra da nave estadunidense Apollo 18 com a nave soviética Soyuz 19, em julho de 1975. Ao lado, estão protótipos do telescópio espacial Hubble e uma montagem em tamanho real do Skylab Orbital: primeira estação espacial norte-americana, lançada ao espaço em 1973 a uma altitude de 435 km, mas que destruiu-se prematuramente em 1979. Por fim, protótipos de mísseis, incluindo o minuteman (intercontinental, preparado para levar uma ogiva nuclear) e o V2 (usado pela Alemanha durante as últimas fases da Segunda Guerra Mundial).
A sala Moving beyond Earth fala dos ônibus espaciais e estação espacial internacional, através de maquetes, filmes e textos.
Em frente (e ao lado da “praça de alimentação”) está a sala Explore the Universe, com informações mais técnicas sobre telescópios voltados para a exploração espacial.
Ao lado, a sala Looking at Earth foca no uso de aviões e satélites para observar e mapear a superfície terrestre. Finaliza com os satélites TIROS e GOES, muito usados pela Meteorologia.
A sala How things fly é muito interativa e a favorita das crianças. Existem vários brinquedos científicos para explicar conceitos relacionados ao voo: uma cabine de comando de um Cessna para praticar as manobras de um avião; túnel de vento com gelo seco para visualizar o fluxo de ar ao redor de um perfil de asa; efeito venturi; dentre outros.
No salão em frente àquele usado para entrar (e com a entrada para a Independence Avenue), existe um modelo da nave Enterprise, da série Star Trek.
Na sequência, a sala Early Flight conta a história dos primórdios da aviação através de muitas maquetes e fotos. Nela, Santos Dumont é citado duas vezes: uma placa (dizendo que “em 1906, ele virou-se para embarcações mais pesadas do que o ar e naquele ano fez o primeiro voo de avião oficialmente sancionado na Europa”, além de falar brevemente de sua experiência com balões e do Demoiselle) e uma maquete do 14-bis.
A sala Jet aviation apresenta os modelos dos primeiros aviões a jato.
A última sala do corredor, Golden age of flight, foca nas competições aéreas, comuns no início da aviação – muita aventura e segurança quase zero. Depois, estão os simuladores de voo.
Já voltando no mesmo andar, está a sala America by air, que conta o início dos voos comerciais nos Estados Unidos. No térreo, estão uniformes de várias companhias aéreas (pilotos e comissários) e também uma plataforma com uma xícara para simular como voava (e trepidava) um dos primeiros aviões Ford 5-A Tri-Motor a levar passageiros. Vamos agora subir as escadas para ver a parte de cima dessa sala, com vários aviões pendurados.
Segundo andar
Subindo as escadas, já é possível observar alguns veículos aéreos militares não tripulados. Seguindo à direita no sentido horário, a sala Sea-air operations possui um ambiente semelhante a um porta-aviões, com aviões e objetos referentes às operações de aeronaves em ambiente marítimo.
Ao lado, é possível observar os aviões pendurados da sala America by air. Os destaques são o Douglas DC-3, Ford 5-AT Tri-Motor e o nariz de um boeing 747 (o qual é possível acessar uma visualização da cabine de comando).
O Planetário fica logo ao lado, seguido de mais aeronaves penduradas (North America X-15, Spirit of St. Louis, dentre outras) e sondas espaciais (Pioneer 10, Sputnik, Mariner 2, Explorer 1).
Após a parte superior do cinema, está a parte superior da sala da corrida espacial e a última sala desse lado, a Time and navigation. Esta sala foca nos instrumentos necessários para realizar a navegação aérea. No meio da sala, existe uma dinâmica entre personagens virtuais de diferentes épocas da história da humanidade, discutindo as diferenças entre os métodos de navegação utilizados.
Do outro lado do corredor, a primeira sala é a Flight and the arts, com quadros relacionados às atividades aéreas e guerras.
A sala seguinte conta a história do programa Apollo (Apollo to the Moon). Estão expostos um dos motores do foguete Saturn V, dioramas e módulo de comando, além de outros objetos.
Ao lado, a sala Wright Brothers foca na história dos irmãos Wright e seu primeiro voo, com uma Flyer 1 reconstruída em escala real.
A sala Barron Hilton – Pioneers of flight conta a história de alguns pioneiros que superaram os limites da época em busca de novas marcas. Um dos aviões expostos pertencia a Amelia Earhart: autora e defensora dos direitos das mulheres, foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico e estabeleceu diversos outros recordes e desapareceu no Oceano Pacífico enquanto tentava realizar um voo ao redor do globo em 1937.
Fazendo um paralelo em termos de ultrapassar limites, a sala Exploring the planets mostra as naves, sondas e robôs responsáveis por expandir os conhecimentos do ser humano sobre os planetas e o universo.
As duas próximas salas são sobre a aviação nas duas guerras mundiais. A Great war in the air mostra os aviões da Primeira Guerra Mundial, com destaque para a história do Barão Vermelho.
A sala da Segunda Guerra Mundial (World war II aviation) contém um avião e uniformes de cada um dos principais países do conflito.
Centro Steven F. Udvar-Hazy
Junto ao Aeroporto Internacional de Dulles, está o Centro Steven F. Udvar-Hazy, inaugurado em 2003. Existe um ônibus público deste aeroporto para o museu; para chegar ao aeroporto, você pode pegar o Metro Bus 5A para Dulles ou o ônibus Washington Flyer do West Falls Church Metro.
Essa segunda parte do National Air and Space Museum compreende dois grandes hangares: Boeing Aviation Hangar e James S. McDonnell Special Hangar. A Torre de Observação Donald D. Engen oferece uma visão das operações de pouso no aeroporto. O museu também contém um teatro IMAX.
Dentre as aeronaves expostas, estão:
- O Enola Gay, um Boeing B-29 Superfortress, que lançou a primeira bomba atômica em Hiroshima, no Japão
- O ônibus espacial (Space Shuttle) Discovery, que substituiu o veículo de teste atmosférico Enterprise (exposto no Intrepid Sea, Air and Space Museum)
- Um avião de reconhecimento Lockheed SR-71 Blackbird
- Um avião de passageiros supersônico da Air France Concorde
- Uma bomba de balão japonesa como a que matou seis civis norte-americanos no Oregon durante a Segunda Guerra Mundial – veja mais no post Balão bomba e correntes de jato.
- Um pedaço de tecido da LZ 129 Hindenburg que sobreviveu ao desastre de Hindenburg
- Um caça soviético Mikoyan-Gurevich MiG-15
Uma lista de todas as aeronaves expostas nos dois espaços do National Air and Space Museum pode ser vista no link.
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