Málaga

Situada na região da Andaluzia, no sul da Espanha, Málaga possui uma história que remonta a cerca de 2.800 anos. Fundada pelos fenícios por volta de 770 a.C., foi chamada de Malaka, que significa “fábrica de sal”. Durante o domínio cartaginês, a cidade prosperou como um importante centro comercial até ser conquistada pelos romanos no século II a.C. Sob o Império Romano, Málaga se tornou uma das principais cidades da Hispânia, beneficiando-se de sua localização estratégica no Mediterrâneo. Após a queda de Roma, a cidade passou pelo domínio visigodo e, no século VIII, foi conquistada pelos mouros, que a renomearam para Mālaqa.

Vista de Málaga a partir do Castelo de Gibralfaro, de onde se vê (da direita para a esquerda) a Alcazaba, Ayuntamiento, Jardines de Pedro Luis Alonso, Muelle, Fuente de las Tres Gracias. Foto: ViniRoger
Vista de Málaga a partir do Castelo de Gibralfaro, de onde se vê (da direita para a esquerda) a Alcazaba, Ayuntamiento, Jardines de Pedro Luis Alonso, Muelle, Fuente de las Tres Gracias. Foto: ViniRoger

Sob o domínio islâmico, Málaga floresceu como um centro de comércio e cultura. Em 1487, durante a Reconquista, os Reis Católicos Fernando e Isabel tomaram a cidade, integrando-a ao Reino de Castela. Nos séculos seguintes, Málaga enfrentou períodos de declínio e crescimento, consolidando-se no século XIX como um importante centro industrial. Hoje, é uma cidade vibrante e um destino turístico popular, conhecida por sua rica herança cultural e histórica.

Principais Atrações Turísticas

Descoberto em 1951, o Teatro Romano de Málaga data do século I a.C., durante o reinado de Augusto. Localizado aos pés da Alcazaba, este teatro é um dos poucos remanescentes da época romana na cidade e é usado hoje para eventos culturais.

Teatro Romano de Málaga com Alcazaba ao fundo. Foto: ViniRoger
Teatro Romano de Málaga com Alcazaba ao fundo. Foto: ViniRoger

Construída no século XI pelos governantes muçulmanos da dinastia Hammudid, a Alcazaba de Málaga é uma fortaleza palaciana situada no monte Gibralfaro. Com seus muros bem preservados e jardins internos, foi projetada para defender a cidade de ataques marítimos e terrestres.

Alcazaba de Málaga (próximo à entrada). Foto: ViniRoger
Alcazaba de Málaga (próximo à entrada). Foto: ViniRoger

Situado adjacente à Alcazaba, o Castelo de Gibralfaro foi erguido no século XIV pelo rei Yusuf I de Granada. Construído sobre antigas fortificações fenícias, o castelo oferece vistas panorâmicas da cidade e do porto de Málaga.

Parte baixa do Castelo de Gibralfaro. Foto: ViniRoger
Parte baixa do Castelo de Gibralfaro. Foto: ViniRoger

Para visitar as duas atrações, é possível comprar um ticket só para as duas com um pequeno desconto. Para sua maior comodidade, é possível pegar um ônibus público (linha 35) que parte do centro e vai até o topo do morro onde está a entrada do Castelo. Visite-o e desça pelas rampas até os Jardines de Puerta Oscura. Seguindo na direção do Ayuntamiento (prefeitura), existe uma entrada para a Alcazaba com um elevador para seu ponto mais alto. Visite a Alcazaba e saia pelo ponto onde está o Teatro Romano. Esse teatro pode ser visto também da rua mas possui um acesso lateral que permite passar gratuitamente por seu interior e uma pequena exposição na outra ponta, próximo também ao letreiro de Málaga.

Originalmente um estaleiro nazarí do século XIV, o Mercado de Atarazanas foi transformado em um mercado central no século XIX. Renovado em 2010, o mercado mantém seu arco de entrada mourisco original e é um local vibrante para comprar produtos locais.

A construção da Catedral de la Encarnación começou em 1528 sobre a antiga mesquita da cidade e continuou por mais de dois séculos, resultando numa mistura de estilos gótico, renascentista e barroco. A catedral é notável por sua torre inacabada, ganhando o apelido de “La Manquita”.

Jardins atrás da Catedral de la Encarnación. Foto: ViniRoger
Jardins atrás da Catedral de la Encarnación. Foto: ViniRoger

Fundado em 1855 pelos marqueses de Casa Loring, o Jardim Botânico-Histórico La Concepción abrange cerca de 23 hectares. O jardim possui uma vasta coleção de plantas tropicais e subtropicais, bem como exemplares de arquitetura do século XIX.

Construída em 1874 pelo arquiteto Joaquín Rucoba, a Plaza de Toros de La Malagueta é uma arena de touradas que ainda hoje realiza eventos tradicionais. Além disso, abriga o Museu Taurino Antonio Ordóñez, dedicado à história da tauromaquia em Málaga.

A cidade apresenta muitos museus. Inaugurado em 2003, o Museu Picasso está situado no Palácio de Buenavista, um edifício renascentista do século XVI. O museu abriga uma coleção significativa das obras de Pablo Picasso, nascido em Málaga em 1881, abrangendo várias fases de sua carreira artística.

Aberto em 2011, o Museu Carmen Thyssen está localizado no Palácio de Villalón, um edifício do século XVI. O museu exibe uma extensa coleção de arte espanhola, com ênfase no século XIX e no período romântico, destacando artistas andaluzes.

Inaugurado em 2015, o Centro Pompidou Málaga é uma extensão do famoso museu parisiense. Situado no Cubo, uma estrutura moderna de vidro colorido, o centro exibe uma seleção de obras de arte contemporânea e moderna.

Centro Pompidou, junto ao Muelle. Foto: ViniRoger
Centro Pompidou, junto ao Muelle. Foto: ViniRoger

A Playa de La Malagueta é uma das praias mais icônicas de Málaga, situada a apenas 10 minutos a pé do centro da cidade. Esta praia urbana se estende por cerca de 1,2 km ao longo da costa do Mediterrâneo, oferecendo areias escuras e águas tranquilas. Foi criada na década de 1960 através de um processo de aterro e urbanização da antiga área portuária.

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