Faro

Feitoria de fenícios e gregos, Faro foi propriamente fundada pelos romanos como Ossónoba, atual capital do distrito de Faro foi posteriormente conquistada pelos mouros no século VIII, antes de ser finalmente reconquistada pelos cristãos no século XIII. O nome da cidade não se relaciona historicamente com a palavra farol, e sim com a palavra “Harūn”, forma árabe de Aarão. Este era o nome da família árabe que controlou a cidade entre 1016 e 1052, que durante esse período era conhecida como Santa Maria. O nome foi depois adaptado ao português antigo, com a forma “fárom”, a qual evoluiu depois para “fárão” e, finalmente, para “faro”, mediante a desnasalização de -ão final átono’.

Sé Catedral de Faro (Igreja de Santa Maria). Foto: ViniRoger
Sé Catedral de Faro (Igreja de Santa Maria). Foto: ViniRoger

Parte do centro histórico de Faro está dentro de muralhas mouriscas com acessos como o Arco da Vila (próximo à marina), Arco do Repouso (próximo ao Palácio Belmarço e ao Consulado do Brasil) e Porta Nova (em frente ao cais de onde saem os passeios de barco e ferry boat). Dentro, está o Largo da Sé: uma praça cheia de laranjeiras, e onde se encontra o Paço Episcopal, o Seminário de São José de Faro, a Câmara Municipal e a Sé de Faro. Um órgão gêmeo ao da Sé de Faro foi enviado à Sé de Mariana, no Brasil colonial, por ordem de D. João V, por volta de 1750.

Em frente à marina e logo atrás do prédio da Alfândega, está uma representação do número pi até sua 80ª casa decimal encravada em ladrilhos portugueses, inaugurada em 2016. Os transeuntes são acompanhados pela representação numérica deste número, habitualmente simplificado como valendo 3,14, mas que tem infinitas casas decimais. Ou seja, só está representada a parte do número que cabe na rua. Em um dos números, foi colocado um ponto de exclamação, para quem quiser ir à procura e descobrir qual é. O então presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, ainda era professor de matemática, mas garantiu que não fez “lobby” para que fosse este o símbolo usado. (fonte: SulInformação)

Interior da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Capela dos Ossos. Fotos: Eliana Reis
Interior da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Capela dos Ossos. Fotos: Eliana Reis

Mais ao norte, está a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo com sua Capela dos Ossos, que apresenta nas suas paredes caveiras e grandes ossos retirados do cemitério dos frades. Dentre os passeios de barco, estão visitas às praias da Culatra, do Farol e Deserta, onde está o Cabo de Santa Maria (ponto mais ao sul de Portugal continental). Pode-se chegar à Praia de Faro do mesmo terminal marítimo ou via terrestre a partir de estrada que passa atrás do aeroporto.

Parte da Ría Formosa vista a partir do Parque Ribeirinho de Faro, junto à estátua de homenagem à Atlântida e ao povo atlante. Foto: ViniRoger
Parte da Ría Formosa vista a partir do Parque Ribeirinho de Faro, junto à estátua de homenagem à Atlântida e ao povo atlante. Foto: ViniRoger

O Parque Natural da Ria Formosa se estende ao longo da costa de Faro. Esta área protegida oferece uma miríade de ecossistemas costeiros, incluindo salinas, ilhas arenosas, pântanos e canais navegáveis. Lar de uma grande variedade de aves migratórias e espécies marinhas, também desempenha um papel vital na economia local, sustentando atividades como a pesca e o cultivo de bivalves. Vista de cima, a Ria Formosa tem um aspeto acastanhado e pantanoso, mas este emaranhado de canais e ilhas mostra-se um verdadeiro espetáculo a quem chega e parte de avião do aeroporto Internacional Gago Coutinho.

O concelho de Faro é dividido nas seguintes freguesias:

  • União das freguesias de Faro (Sé e São Pedro) – Região mais populosa, onde está o centro histórico e administrativo;
  • Montenegro – Onde está a Praia de Faro, o Aeroporto e Gambelas;
  • Santa Bárbara de Nexe – Localizada no barrocal algarvio (entre o mar e a serra), com vistas sobre a Ria Formosa e o mar;
  • União das freguesias de Conceição e Estoi – As Ruínas Romanas de Milreu, localizadas a oeste da pequena cidade de Estoi, oferecem uma visão rara da vida romana entre os séculos I e IV d.C., com destaque para uma vila de peristilo, mosaicos decorativos e um complexo edificado do século III d.C. O Palácio de Estoi, um imóvel nobre reestruturado no final do século XIX, é um notável exemplo de estilo Rococo, famoso por seus jardins, fontes, estatuária e murais de azulejo.
Palácio de Estoi. Foto: ViniRoger
Palácio de Estoi. Foto: ViniRoger

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