Idealizado para fins militares, o Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) ou Veículo Aéreo Remotamente Pilotado (VARP), mais conhecido como drone (zangão, em inglês), está ficando cada vez mais popular e com maiores utilizações civis. O drone é qualquer tipo de aeronave que não precisa de pilotos embarcados para ser guiada, sendo controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais, com ou sem a supervisão e pilotagem de humanos.
Com um controle via rádio (como se fossem aqueles aviões aeromodelos), você pode manobrar um drone sem tocar nele. Já existem modelos controlados por iPad. Atualmente a maioria também é equipado com uma câmera, o que visualizar áreas dificilmente acessíveis ao ser humano. Equipes de jornalismo estão substituindo os seus MarcaCops, helicópteros usados para fazer tomadas aéreas em reportagens e coberturas de eventos em geral, por drones. Por exemplo, a TV Folha fez vídeos das manifestações de junho de 2013 com um drone da empresa GoCam, que é especializada em capturar imagens aéreas. O robô utilizado tinha a identificação de que era da imprensa para não levantar suspeitas de sua função entre os manifestantes.
Os drones tem sido muito adotados por fotógrafos e cinegrafistas para fazer imagens aéreas de casamentos, atividades esportivas e outras festividades. Também pode ser utilizados para retirar material radioativo, bombardear alvos militares (veja mais na matéria “A dangerous new world of drones“), espionagem e até realizar entregas. A Amazon prentende iniciar entregas em 30 minutos nos grandes centros urbanos recorrendo a drones. E até já tem gente pensnado em usar Raspberry Pi preparado para sequestrar drones da Amazon.
A regulamentação para os drones ainda está no início, baseando-se nas regras do aeromodelismo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai por em consulta pública a permissão para voos de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) de até 25 quilos em lugares públicos, a até 400 pés (cerca de 120 metros) de altitude. Depois da consulta pública, a norma será publicada no Diário Oficial da União. As aeronaves foram classificadas, conforme critérios relacionados às características da operação (altitude, operação em linha de visada visual ou além dela, operação noturna, operação em áreas confinadas, entre outras): classe I – 150kg em diante; classe II – 25 a 150kg; e classe III – 0 a 25kg. A proposta de norma foi apresentada às empresas da indústria de defesa que operam ou fabricam os veículos aéreos não tripulados (vants) durante o 2° workshop sobre o tema, promovido em fevereiro de 2014, em São José dos Campos (SP). As discussões envolveram na proposta normas que regulamentam o projeto, a manutenção, o registro e a operação dos RPAS, além da habilitação do piloto remoto (atualmente, algumas empresas que vendem o drone fornecem o curso para pilotá-lo). Veja mais na matéria Tudo sobre drones do Technoblog
Quadricóptero
Um dos modelos mais populares de drones atualmente é o quadricóptero (também chamado de helicóptero quadrotor), que é uma aeronave que decola e é impulsionada por quatro motores. Os principais componentes mecânicos necessários para a construção são as quatro hélices (de passo fixo ou passo variável) e quatro motores elétricos, colocadas equidistantes. Também precisa de módulo de Controle Eletrônico de Velocidade, placa controladora (ou computador OnBoard), bateria e um transmissor para permitir o controle a humanos.
Cada motor produz um empuxo e o torque sobre seu centro de rotação, bem como uma força de arrasto oposta à direção do veículo de fuga. Se todos os motores giram na mesma velocidade angular, com os motores um e três girando no sentido horário e os motores dois e quatro anti-horário, haverá torque líquido aerodinâmico e, consequentemente, a aceleração angular sobre o eixo de rotação é exatamente zero, o que implica que a guinada do rotor de estabilização de helicópteros convencionais não é necessário.
Um dos grandes problemas é sua autonomia, que é de 15 a 30 minutos, conforme o modelo e as funções utilizadas. A comunicação (feita via ondas de rádio) pode ser um limitante da área de cobertura em regiões com obstáculos altos (uma saída seria usar a rede de internet dos celulares). A estabilidade já é um problema superado: veja esse vídeo “TED Raffaello D’Andrea: O impressionante poder atlético dos quadricópteros“