Detector de metais e Raios X

Uma das medidas de segurança mais importantes em um aeroporto é confirmar a identidade dos funcionários e passageiros, definindo áreas exclusivas de circulação e controle. A identificação pdoe ser feita através de documento oficial com foto, impressões digitais, o mapeamento da retina e as características faciais. Após esse procedimento, todo o acesso público a um aeroporto é canalizado através do terminal de modo a cada pessoa passar pelo detector de metal e todos os seus pertences passarem pela máquina de raios X. Itens como objetos cortantes são proibidos por medidas de segurança.

Máquina de raios X (esquerda) para a bagagem de mão e detector de metais (portal à direita) para os passageiros. Foto: Antonio Milena/VEJA

Como funciona o detector de metais? Em cada lado do portal há uma bobina de fios de cobre. No lado A, ela está ligada na corrente elétrica, que liga e desliga 60 vezes por segundo. Cada vez que ela liga, forma-se um pulso eletromagnético, que induz a formação de outro pulso no lado B do portal. O campo eletromagnético induzido na bobina do lado B gera uma corrente elétrica nos fios de cobre. Quando alguém atravessa o portal carregando um objeto metálico, ele interfere no campo eletromagnético e, consequentemente, na corrente do lado B. Se em um dos pulsos a corrente se altera (pela presença do metal), o aparelho percebe a mudança e apita.

Imagem gerada por uma máquina de raios X (Observe que todos os objetos orgânicos estão representados em uma coloração alaranjada e os inorgânicos em verde; imagem cedida por L-3 Communications)

Já os aparelhos de raios x trabalham com um alto grau de energia, capaz de atravessar qualquer material orgânico e misto. A intensidade com que os raio X atravessam cada objeto depende do material de que ele é feito. Materiais orgânicos deixam passar praticamente toda a radiação, enquanto os metálicos bloqueiam a maior parte dela. Essa radiação é medida por duas camadas de receptores: a radiação fraca (bloqueada por algum objeto) é captada por ela, mas não passa do filtro de cobre que separa as camadas, mas a radiação forte atravessa o filtro de cobre e chega aos receptores da segunda camada. O computador interpreta os dados recebidos pelos receptores de 1 e 2. Se a radiação não chegou nem à camada 1, significa que há um metal na mala. Se chegou à camada 1, mas não à 2, há um material misto. Se chegou à camada 2, é orgânico. O computador pinta os objetos com cores diferentes, de acordo com o material.

Novos equipamentos foram desenvolvidos para essa vigilância, como detectores de moléculas soltas por nós ao passarmos por um ventilador que são analisadas e comparadas com uma lista de substâncias proibidas. Para acelerar o processo de checagens de segurança e procurar armas ou explosivos escondidos, um equipamento que tem gerado bastante polêmica. O passageiro passa por uma cabine e são banhados por raios X de modo a formar uma imagem tridimensional. Esse aparelho revela rapidamente se há algo escondido, mas o raios X de corpo inteiro também mostra implantes nos seios, piercings e um claro contorno, em perto e branco, das partes íntimas do passageiro. Os aeroportos geralmente ressaltam que as imagens são vistas por apenas um funcionário, em um local remoto, e serão destruídas logo após o exame. Além disso, o rosto dos passageiros não aparece. Ao contrário dos raios X tradicionais, que atravessam o corpo, este aqui (que se chama backscatter) usa radiação de baixa potência: 500 vezes menos que uma máquina de hospital. A radiação não penetra no corpo, mas é refletida pela pele. Veja o vídeo:

Fontes: Revista Mundo Estranho, Superinteressante,  How Stuff Works e BBC Brasil.

One comment

  1. nos aeroportos do brasil antes de embarcarmos passamos por essa maquina de raio x humano vendo tudo que esta dentro do corpo
    Gostei da informacao interessante

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