Na primavera, o aumento da temperatura na Europa estimula o florescimento das plantas, o que aumenta a concentração de pólen no ar. O processo ocorre quando as plantas liberam grãos de pólen para fertilização. Esses grãos podem ser transportados pelo vento e se dispersar pelo ar.
As pessoas alérgicas ao pólen podem experimentar sintomas como espirros, coriza, coceira nos olhos e garganta, e até mesmo dificuldade para respirar quando entram em contato com o pólen. Isso ocorre porque o sistema imunológico reage de forma exagerada ao pólen, desencadeando uma resposta alérgica.
Dentre as espécies geradoras de pólen, estão as árvores cipreste, pinheiro, carvalho, sobreiro, azinheira e plátano e também das ervas gramíneas (por exemplo capim, relva, azeda e cereais, como o trigo e a cevada) e urticáceas (incluem parietária e plantas com flor e pelos que causam sensação na pele semelhante à das urtigas).
Embora o pólen seja sinônimo de espirros para as pessoas e polinização de plantas, também é conhecido por ajudar na formação de nuvens. Os grãos de pólen e suas partículas (ou subpartículas de pólen, SPPs) podem fornecer a base para a geração de nuvens cirrus, que contêm água cristalizada. Ao entrar em contato com a umidade do ar, os grãos de pólen podem se decompor em SPPs extremamente pequenos, com menos de um mícron de tamanho.
Tanto os grãos quanto os SPPs podem se acumular e induzir a nucleação de gelo ou a formação de gelo na atmosfera. Isso resulta na formação de numerosas nuvens que retêm ou mantêm seu reservatório de água. Embora essa retenção de água possa ser benéfica ao refletir o aumento do sol de volta ao espaço (e assim resfriar a Terra), ela também pode reter e reemitir o calor que emana da superfície da Terra.
O aumento da concentração de pólen no ar durante a primavera é um fenômeno observado em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. No entanto, isso não é muito comentado no país e existem algumas razões possíveis para isso. Em primeiro lugar, na Europa, as estações do ano são mais distintas e marcadas, o que torna o aumento da concentração de pólen durante a primavera mais perceptível e discutido. Além disso, a prevalência de alergias sazonais pode ser maior em certas regiões da Europa devido à presença de tipos específicos de plantas produtoras de pólen.
No Brasil, embora o fenômeno também ocorra, pode não ser tão amplamente reconhecido ou discutido, pois as estações do ano são menos definidas em muitas regiões, especialmente nas áreas tropicais. Além disso, a diversidade de plantas produtoras de pólen pode variar significativamente de uma região para outra, o que pode afetar a percepção e o impacto das alergias ao pólen.
Fontes