O budismo é uma religião baseada nos ensinamentos de Sidarta Gautama, conhecido como o Buda. De caráter filosófico e não teísta (não inclui a ideia de um Deus), surgiu na Índia Antiga como uma tradição ascética entre os séculos VI e IV a.C, posteriormente atingindo a China, o Tibete, o sudeste asiático, a Coreia e o Japão. De modo geral, suas maiores linhagens são a japonesa, chinesa e tibetana, cada uma baseado numa escola e com tradições, cultura e arquiteturas diferentes.
Todas as Escolas Budistas buscam, através de estudos e práticas, ensinar como o ser humano pode superar as limitações, preconceitos e ignorância para atingir um estado de compreensão profundo de si e de tudo o que existe, eliminando obstáculos como ira, cobiça e egoísmo, que impedem a felicidade e a plena realização humana. Tal estado é a iluminação, obtida por Buda e por quem se aventura a praticar seus ensinamentos.
Existem milhões de adeptos do budismo no mundo e algumas centenas de milhares no Brasil, com ideais que propagam a paz, a harmonia e o respeito. Seus templos tornam-se atrações turísticas por sua arquitetura e são visitados por fiéis e pessoas que buscam lugares tranquilos, bem cuidados e cercados pela natureza. No Brasil, existem diversos templos, estando entre os mais belos os seguintes:
- Templo Gonpa Khadro Ling (Três Coroas/MG) – único templo budista tibetano da América do Sul, inclusive com tibetanos vivendo em seus arredores, cujo templo principal é uma réplica do de Guru Rinpoche;
- Templo Budista de Foz do Iguaçu/PR – às margens do Rio Paraná, é um dos maiores da América Latina e os jardins tem uma coleção de mais de 120 estátuas, com destaque para um simpático Buda sentado de 7 metros de altura;
- CEBB – Centro de Estudos Budistas Bodisatva (Porto Alegre/RS) – seguindo a linha de Lama Padman Samten, também está em várias partes do Brasil, como Curitiba, São Paulo e Recife;
- Mosteiro Zen do Morro da Vargem (Ibiraçu/ES) – primeiro mosteiro da América Latina que segue a secular escola Soto Zen, de 1974;
- Templo Shin Budista de Brasília/DF – além dos ensinamentos budistas e orientais, o templo, inaugurado em 1973, tem uma famosa quermesse anual chamada de Urabon ou festa Obon, que faz uma homenagem aos antepassados;
- Centro Budista KTC (Rio de Janeiro/RJ) – reúne devotos da prática e do ensino do Dharma, sendo assim um centro budista tibetano da linhagem Karma Kagyu, atuando como sede de S.S. Karmapa na América do Sul;
- Centro Budista Chagdud Gonpa Rigdjed Ling (Florianópolis/SC) – inicialmente um grupo de meditação, tornou-se centro de budismo tibetano no ano 2000, contando com práticas de Riwo Sangchod, Amitaba, Phowa e Majushri;
- Comunidade Buddhista Nalanda (Belo Horizonte/MG).
Particularmente em São Paulo, dentre os templos mais conhecidos estão:
- Templo Quann Inn (São Paulo/SP) – localizado próximo à (futura) estação Varginha da CPTM;
- Templo Zu Lai (Cotia/SP) – primeiro templo do Monastério Fo Guang Shan na América Latina;
- Templo Odsal Ling (Cotia/SP) – templo tibetano localizado próximo à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, da Ordem dos Arautos do Evangelho;
- Templo Kinkaku-Ji (Itapecerica da Serra/SP) – réplica do templo Kinkaku-ji japonês de mesmo nome construído no século XIV e assim como seu modelo, é entornado por um lago povoado por carpas coloridas; assim como o templo, o local todo contém nichos de cinerários (onde são guardadas as cinzas de entes queridos) ao longo de todo o trajeto de descida da entrada até o lago;
- Templo Enkoji (Itapecerica da Serra/SP) – com o significado de Templo Luminoso, fica em frente ao Kinkaku-ji (beirando o mesmo lago e acesso por aí também); seu interior conta com um altar e uma área forrada com almofadas;
- Templo Luz do Oriente – Torre de Miroku (Ribeirão Pires/SP) – maior torre japonesa do Brasil, com acesso através de barco em 20 minutos pela Represa Billings partindo do Tahiti Náutica Club ou do Parque Oriental, em uma embarcação que possui um dragão dourado na sua proa (elemento que simboliza proteção e purificação da água);
- Centro de Meditação Kadampa Brasil (Cabreúva/SP).
Além da arquitetura e jardins, esses templos possuem uma programação de atividades como yoga, meditação e preceitos básicos do budismo. Seja para saber mais sobre a religião ou simplesmente conhecer um lugar novo, esses lugares estão abertos à visitação. Deve-se ter em mente que são lugares sagrados, então existem algumas regras de etiqueta a serem seguidas, como utilizar roupas apropriadas, não levar bebidas/comidas, não fumar, não levar animais de estimação e preservar o silêncio acima de tudo.
Fontes
Visitei o templo Zu Lai, e é maravilhoso, e todos são muito gentis lá.
Quero conhecer outros templos budistas.