Capítulo 5 – Surpresa na floresta

Enquanto todos faziam um descanso longo, Skorlun usou quatro horas para construir um mecanismo que automatizasse a manutenção das teias sobre o alçapão. Construído com materiais disponíveis em outros andares da torre, deveria durar 11 dias com 97% de confiança. Também foram retirados elementos de prata para serem derretido e banharem as armas mágicas, sendo assim mais eficazes contra as bruxas. Utiok bloqueou a porta por dentro com móveis e saiu por uma abertura superior para que todos seguissem viagem.

O trajeto começou em planícies a leste e campos de rochas. Após o primeiro dia e a primeira noite de viagem, o grupo seguiu mais a oeste em uma floresta, após terem visto uma fumaça contínua e residual. Acreditavam ser o resquício de algum acampamento. Encontraram vestígios de trilhas com plantas e animais mortos, mas sem ferimentos, nessa direção.

Continuando na trilha, perceberam que o chão está enlameado, como de um pântano. Utiok descobriu que, por lá e em direção a uma clareira, passava uma linha de Ley: alinhamento entre vários lugares de interesse geográfico e histórico, tais como monumentos megalíticos, cumes, cordilheiras e cursos de água.

Os três avançam por mais uns 400 metros e aproximam-se furtivamente: Utiok sobre as árvores, Aglar de galho em galho e Skorlun pelo solo. Eles sentem um forte cheiro podre e escutam duas pessoas entoando palavras mágicas e reclamando da vida em silvano.

Bruxa verde. Fonte: The Forgotten Realms Wiki
Bruxa verde. Fonte: The Forgotten Realms Wiki

A clareira tinha uns 12 metros de diâmetro, com monolitos em círculo e a terra parecendo um piche borbulhante. Gosmas ocre, com uns 3 metros cada, andavam próximas a duas bruxas verdes, que possuíam cajados e cestas com entranhas. Tudo levava a crer que o local era um nodo druida, mas apossado por essas bruxas com fins maléficos.

Geleia ocre. Fonte: The Forgotten Realms Wiki
Geleia ocre. Fonte: The Forgotten Realms Wiki

Aglar conjurou uma magia para congelar parcialmente três das gomas. Skorlun avançou aplicando uma lâmina flamejante em uma das bruxas, que lançou um gás obscurecente com o poder de gerar tosse e vômito. Inicialmente não sente nada, mas duas gosmas se aproximaram e atacaram o gnomo por três vezes. Ele começou a inalar mais da fumaça, sofrendo seus efeitos e não conseguindo revidar os ataques.

Utiok estava eliminando duas gosmas, enquanto Aglar dividia uma delas em duas menores, matando uma delas em seguida. Como Aglar estava mais próximo de Skorlun, ele conseguiu esticar sua língua para tirá-lo da névoa intoxicante e de perto dos atacantes. Utiok até tentou lançar uma teia na direção dos olhos de uma das bruxas, mas ela desapareceu. A outra se transformou em um globo negro e saiu do local.

Novas informações

Com o fim dos combates, o solo ao redor, que parecia borbulhar, foi voltando ao normal após Aglar ter feito uma magia que permitiu o retorno da vida ao local. Enquanto Skorlun cuidava dos ferimentos, os outros investigavam os monolitos presentes na clareira. Conseguiram identificar inscrições em baixo relevo no idioma dracônico.

Os monolitos com as inscrições revelaram-se como pergaminhos. Skorlun se aproximou das inscrições em dracônico e percebeu que eram de um texto arcano. Parte deles eram de magias, outras eram instruções na forma de epopeias, enaltecendo a glória de uma divindade feminina que viria a dar a luz a uma nova realidade, e as bruxas seriam como agentes. Utiok consegue copiar as magias em um papel, e Aglar vandaliza as inscrições para que não fossem utilizadas novamente.

Skorlun se aproximou de uma das aves que voltaram ao local e fez uso de uma magia druídica para conversar com ela. Com isso, descobriu que o pássaro veio do sul, assim como “os inimigos”. Uma das bruxas veio da própria terra, a outra como uma bola negra, e já estavam por ali fazia uns três dias. O pássaro também revelou que elas falavam em “lama desolada” e receberam a visita de um sapo azul e outro vermelho, ambos gigantes e com garras afiadas. Os aventureiros sabiam que os indivíduos dessa raça possuíam gemas na cabeça e que quem as possuísse, os controlavam.

Com essas informações, eles decidem voltar ao caminho para o posto dos homens-sapo.

Este capítulo faz parte da série Skorlun, o gnomo druida – sumário no link.

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